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A espera que logo vai à mesa

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     As hortaliças podem esperar, estão no cercado em um fundo do quintal e no jardim pequeno da frente caindo ao acaso pelas cercas, o tempo de amadurecimento, não se revela em sua prontidão de continua renovação entre chuva, vento, sol, e o que ainda dorme possui a expectativa de despertar, retornar ao seu momento, algo presente e quieto, ardente como uma vida que se dispõe à viver, e por isso o corte das folhas, a colheita, o fruto da terra entregue em si mesmo definitivo e desperdiçado.           Todo de si entregue em ser cuidados com a forma,  o ambiente e toda a atmosfera que o cultivar, essa relação que a força faz produzir a delicadeza, e o contato em diálogos silenciosos de agricultor, acompanha a florescência mesmo quando apenas provê o tempo, jardineiro das estações, e do gesto que impõe alguma técnica, amador de amar o viver, convive com os traços de um constante aprender que depõe no cesto todo intrincado por amarras velozes que lhe deram forma, o vime, taquara, a pele or